A escola prepara para a vida, formando cidadãos críticos e conscientes de seu verdadeiro papel na sociedade. Nessa realidade, temos o que se define por “educação formal”, circunstância essa representando um segundo estágio por que perpassa cada aprendiz.
Vale, contudo, ressaltar que antes de se integrar a tal estágio, ele, desde os primeiros instantes de convivência, começou a fazer parte de outro grupo, o primeiro deles, por excelência ─ o grupo familiar ─ representando, assim, o estágio inicial, as raízes.
Assim, podemos afirmar que esses dois processos circunstanciais se entrecruzam ao logo do tempo, cujos papéis se definem especificamente por meio das relações ora estabelecidas. Traduzindo em simples e breves palavras, trata-se da interação família x escola, cujas atuações, quando bem definidas, têm tudo para dar certo.
De tal modo, como “frutos colhidos” o que pode se obter é tão somente o que nos retrata o subtítulo do presente artigo – a confiabilidade mútua.
Dessa forma, cabe afirmar que tais interações se efetivarão por meio de distintos momentos, e um deles, aqui eleito para pauta de nossa discussão, é a primeira reunião de pais. Indubitavelmente será um momento em que os docentes e os responsáveis pelos educandos se conhecerão – primeiro passo significante para o início de um estreitar de laços, tão importante quanto necessário.
No entanto, quando se fala em reunião de pais, logo se tem uma ideia voltada para o relato do comportamento, do nível de desempenho, enfim. Nesse sentido, como esse revelar de posicionamentos quase sempre se norteia muito mais pelos aspectos negativos do que pelos positivos, o sentimento de frustração por parte dos pais se torna fator preponderante em meio aos pontos ali discutidos. Por vezes, em virtude de tamanha “expressividade” por parte dos professores, muitos pais acabam não mais voltando a esses encontros.
Assim, voltando a uma questão antes discutida – o êxito obtido por meio dessa interação primeira –, alguns procedimentos a serem postos em prática contribuirão para a concretização dos objetivos firmados. Como ação primeira, o convite, ora expresso de forma clara e objetiva, representa o ponto de partida. Ele deverá conter elementos essenciais para que a interlocução seja efetivamente concretizada, tais como a exposição do dia, local e horário em que se dará o encontro inicial.
Fazendo parte desse ínterim e não menos irrelevante, figura-se a preparação do ambiente em que os responsáveis serão acolhidos.
Uma mensagem de boas-vindas, uma vez bem elaborada, poderá despertar neles esse sentimento de boa acolhida.
O primeiro contato, sugestivamente presidido pelo (a) diretor (a), apresentará aos pais a proposta pedagógica adotada pela instituição de ensino. Também poderá deixá-los cientes de todas as normas, como, por exemplo, de vestimentas, lista de material escolar de uso diário e lista de objetos não condizentes com o ambiente escolar, como é o caso de bonés, aparelhos celulares, etc.
Realizado esse intento, surge a oportunidade de os pais conhecerem um pouco mais acerca das propostas que cada professor tem para apresentar ao longo do trabalho pedagógico, como o planejamento anual de cada docente e os pressupostos metodológicos utilizados.
Dando sequência às atividades desenvolvidas, nada melhor que efetivar ainda mais essa confiabilidade mútua – elegendo professores cuja atribuição será apresentar o espaço físico onde os pais depositaram toda a confiança para que os filhos pudessem adquirir uma formação de qualidade, etapa por etapa.
Assim, quando falamos em espaço físico, estamos nos referindo a todas as dependências inerentes ao ambiente, tais como laboratório de informática, biblioteca, quadra de esportes e demais espaços.
Por fim, estreitando ainda mais os laços e contribuindo para a solidez do sentimento mútuo de confiança entre essa dualidade de relacionamentos, uma boa pedida é reforçar a atuação da família mediante o desenvolvimento dos filhos, cujo acompanhamento e orientação, tomados em sentido amplo, representam fator preponderante e, sobretudo, decisivo.